quarta-feira, 14 de agosto de 2013

O Homem que amava demais - Elizabete Cruz

 
Edição/reimpressão: 2012
Páginas: 196
Editor: Corpos

 

"Quando Inês assiste à morte do namorado, Carlos, não imagina que a sua vida está prestes a mudar. Incumbida da missão de encontrar o pai dele, que ele nunca conhecera, a sua pesquisa leva-a até Pirenópolis, a uma comunidade hippie. Lá conhece Dean Silva, meio-irmão de Carlos, que por lá habita desde que a sua namorada, Abby, foi declarada como morta. Juntos partem então para a Califórnia, em busca do pai de Carlos, e o caminho leva-os a descobrir sentimentos que julgavam já nem sequer possuir. No entanto, o passado de Dean está à espreita, e Henry, seu irmão, não deixará que ele se desvaneça. Tudo porque ele quer construir algo que a ele próprio transcende, e que sabe que sem a ajuda do irmão não conseguirá: a bomba de hidrogénio. Para isso, Henry fará de tudo para transformar Dean, inclusive incluir Inês nos seus planos diabólicos, encarcerando-a com os génios que farão o seu plano seguir em frente. Com Dean a seu lado e um caminho traçado, Henry acredita que nada o poderá desviar do seu destino. Mas ele engana-se, pois estranhamente todos aqueles que estão consigo começam a morrer, um por um, num local onde ele sabe que só ele consegue entrar e sair. O medo de ser a próxima vítima instala-se, e Inês embrenha-se numa busca pela verdade, o que a leva a descobrir que tudo o que ela sabe sobre Dean e Henry não passa de uma grande mentira.
Afinal, porque morreu Abby? Porque sequestrou Henry oito pessoas? E quem é o culpado pelas suas estranhas mortes?"
 
 
Opinião:
 
Já vos aconteceu de pegarem num livro por indicação de alguém e sentirem um arrepio pela espinha acima enquanto o vosso cérebro se divide em dois, enquanto uma parte vos diz: Lê! Lê! Lê! E a outra diz: não entendo! Não entendo! Não entendo! Pronto, este livro é desse estilo.
 
Posso dizer que gostei dele na mesma medida que me apeteceu atirá-lo pela janela. Nunca tinha lido nada desta autora, muito jovem, devo referir. Ainda mais jovem quando escreveu isto e durante uma parte da leitura o meu pensamento para com a autora foi: deve ser fã do Saw.
 
A escrita da Elizabete é muito verdinha e nota-se que a editora também não teve especial cuidado na analise deste manuscrito. Os diálogos são impessoais e as acções sofrem muitos saltos, a maior parte deles chegam mesmo a ser confusos.
 
Confesso que até meio do livro me custou um pouco a entrar na dinâmica da escrita e a deixar-me levar. No entanto, a partir do momento em que a autora começa a entrar no lado mais negro das personagens, aqui encontra a sua magia e devo felicitá-la por isso. Gostei muito, apesar de não ser a minha zona de conforto, da parte mais macabra e desumana desta história. Os momentos loucos e completamente hostis fizeram-me ler o livro até ao fim e ficar satisfeita com a leitura.
 
Se a autora treinar a sua escrita e quem sabe ter alguém da área literária que lhe aponte as falhas e a ajude a crescer, creio que tem bastante potencial.
 
Boas leituras,
 
 


 
 

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