sexta-feira, 25 de outubro de 2013

A rapariga que roubava livros - Markus Zusak - Opinião

Edição/reimpressão: 2008

Páginas: 236
Editor: Editorial Presença
ISBN: 9789722339070
Coleção: Grandes Narrativas

''Quando a morte nos conta uma história temos todo o interesse em escutá-la. Assumindo o papel de narrador em A Rapariga Que Roubava Livros, vamos ao seu encontro na Alemanha, por ocasião da segunda guerra mundial, onde ela tem uma função muito activa na recolha de almas vítimas do conflito. E é por esta altura que se cruza pela segunda vez com Liesel, uma menina de nove anos de idade, entregue para adopção, que já tinha passado pelos olhos da morte no funeral do seu pequeno irmão. Foi aí que Liesel roubou o seu primeiro livro, o primeiro de muitos pelos quais se apaixonará e que a ajudarão a superar as dificuldades da vida, dando um sentido à sua existência. Quando o roubou, ainda não sabia ler, será com a ajuda do seu pai, um perfeito intérprete de acordeão que passará a saber percorrer o caminho das letras, exorcizando fantasmas do passado. Ao longo dos anos, Liesel continuará a dedicar-se à prática de roubar livros e a encontrar-se com a morte, que irá sempre utilizar um registo pouco sentimental embora humano e poético, atraindo a atenção de quem a lê para cada frase, cada sentido, cada palavra. Um livro soberbo que prima pela originalidade e que nos devolve um outro olhar sobre os dias da guerra no coração da Alemanha e acima de tudo pelo amor à literatura.''


Opinião:

'A rapariga que roubava livros' de Markus Zusak é isto mesmo, é uma história de uma menina, Liesel, que viveu no período da segunda guerra mundial e que roubava livros. Não porque fosse cleptomaníaca ou os roubasse só porque precisava de passar o tempo. Não, Liesel roubava os livros porque se sentia atraída por eles. Tinha uma vontade enorme de saber o que aquelas estranhas folhas, protegidas por duras capas tinha para lhe dizer, para lhe mostrar ao mesmo tempo que a fazia esquecer por segundos o terror que foi viver naqueles tempos difíceis e cruéis sob o pulso de ferro de Adolf Hitler e as suas horrorosas, desumanas e monstruosas leis racistas.

A capa é lindíssima, em tons de pastel, com a menina e a Morte a dançarem. A meu ver um contraste fabuloso. E o interior é composto por papel reciclado, que para além de ajudar o ambiente também torna o livro mais leve. 

Liesel é a personagem principal da história que se passa em Himmel, de uma menina irreverente demais para aqueles tempos que sofre de uma curiosidade sobredotada que a deixa muitas vezes em sarilhos. A ela juntam-se a mãe e o pai adoptivos. Rudy que é o seu melhor amigo e vizinho. O Judeu, personagem que mostra muito tanto do lado positivo como do lado negativo desta maldita peste que foram os Nazis e a mulher do presidente da câmara com quem Liesel contrai uma espécie de amizade que nasceu de uma biblioteca nunca usada e de uma menina com uma enorme sede de aprender.


A narrativa é feita através de uma espécie de relato, e até aqui nada de anormal. O melhor é que este relato é feito pela própria Morte em pessoa, uma personagem dotada de um sentido de humor fantástico e um sarcasmo ainda melhor, que na medida que vai ceifando e recolhendo as vitimas deste pesadelo chamado segunda guerra mundial, vai narrando a história de Liesel e das suas aventuras, desde o momento em que entra em acção até ao seu último suspiro. 


O autor Markus Zusak está efectivamente de parabéns. Tenho um gosto especial no que toca a relatos (livros, séries, filmes) que abordem o tema da segunda guerra e ele conseguiu de uma maneira fantástica relatar e abordar este tema como poucos. Gostei das personagens da Morte, das características que fui incutindo na sua ficção. Do realismo... Do inicio ao fim, o livro deixou marcas.

Reparei que este livro está incluído no Plano Nacional de Leitura e ainda bem que assim é. É uma preciosidade, um livro que merecia ser lido e debatido, esmiuçado pelos jovens dos nossos tempos para verem como a segunda guerra mundial influenciou a nossa realidade diária. É um livro que não deixa ninguém indiferente, é arrebatador e inspirador, que nos transparece bonitas mensagens, desde a importância da amizade, à força de viver e o mais importante de tudo à liberdade!

Excelente! Recomendo vivamente, a miúdos e graúdos! 


Boas leituras, 




quarta-feira, 23 de outubro de 2013

A melhor quinzena de um século de vida - Vero Lua de Melo - Opinião

Edição/reimpressão: 2013
Páginas: 366
Editor: Chiado Editora
ISBN: 9789895104079

''Em 2081, no seu leito de morte - e quando já se discute a aplicação da fórmula para a vida eterna -, Amália Duarte está decidida a abandonar um mundo que já não reconhece.Para partir em paz com a sua consciência, reúne os três netos e revela-lhes o segredo que escondeu ao longo da sua vida e que, de alguma forma, os implicava também a eles. Recuando ao atribulado início do século XXI, relembra o dia em que, impelida por uma rotina desencantada, pede demissão do emprego de sempre. Com a crise europeia a emoldurar um deprimente panorama, parte numa grande viagem com duas garantias - o desemprego e um futuro incerto - e uma certeza: a reinvenção urgente da sua própria vida.
"Fiquei com os olhos pregados no tecto e senti um vazio hediondo na alma, que ia sendo preenchido pela sensação de desgraça da minha própria vida."

Opinião:

Tenho me vindo aperceber, à medida que vou lendo livros adquiridos por mim ou então que chegam até mim através de parceria, que existe efectivamente uma diferença enorme de editora para editora. De vanitie para editora. De auto publicação para vanitie e por aí em diante.

ATENÇÃO: A presente opinião não tem como finalidade ferir susceptibilidades nem ofender ninguém. Tal como indicado, tudo o que for escrito neste blog, é meramente um ponto de vista.

'A melhor quinzena de um século de vida' é o primeiro livro de Vero Lua de Melo. É um livro que relata experiências vividas entre duas pessoas: Amália e Eurico. Dois portugueses com percursos de vida distintos mas que se em determinado ponto da sua vida se encontram e vêm o seu destino alterado para sempre.

O que mais gostei deste livro? Gostei do destaque que deu à cidade berço. Conheço minimamente a cidade e posso dizer que a autora foi fiel nas descrições e admito que se não conhecesse a cidade pessoalmente, ficaria com grande vontade de conhecer. Guimarães é uma cidade mágica, sem duvida e Vero Lua de Melo conseguiu captar essência para a sua obra. Gostei de Eurico. É uma personagem muito completa, daquelas que me fazem sonhar quando as apanho numa história. Um homem bem humorado e muito equilibrado. Uma personagem muito bem estruturada. Bonito, inteligente, culto. Um Deus :) Gostei do leve toque futurista que a autora imprimiu nas primeiras páginas do livro. Gostei também bastante da capa, é muito apelativa, as cores foram muito bem conjugadas.

O que não gostei tanto, ou não me impressionou enquanto obra? Não sou nenhuma profissional da escrita. Faço opiniões sobre o que leio e não criticas literárias porque não tenho formação nesta área. No entanto sou curiosa por natureza e tenho seguido alguns artigos sobre escrita e alguns blogs literários que vão dando informações e dicas para que nós leitores consigamos chamar os bois pelos nomes. 

A primeira conclusão a que cheguei quando terminei de ler este livro foi que fiquei sem perceber em que ponto a formula da vida eterna, que a autora tanto destaca nas primeiras palavras, tem a ver com a restante obra? Outro ponto é que fiquei sem perceber em que género literário ele se encontra. Não sou uma expert na matéria mas normalmente consigo perceber se o livro é um romance, uma distopia, romance paranormal, erótico, biografia... etc etc etc, pelas pistas que o mesmo nos vai dando. Aqui fiquei verdadeiramente confusa porque apesar de achar que ia ler um romance deparei-me com um 'relato', uma exposição de factos, aventuras e acontecimentos que marcaram as personagens principais durante quinze dias numa viagem aos Estados Unidos, mas que ainda assim não foi  um romance, ou uma aventura, ou (nem sei como catalogar ou classificar). 

Não sei se é defeito ou feitio, mas todos os livros que tenho lido da Chiado parecem ser escritos todos através de uma técnica de escrita conhecida por tell. Não que se recomende que o autor faça apenas numa outra vertente (show), mas para que seja equilibrado, o mesmo tem de saber conjugar o que escrever entre o tell e o show (contar e mostrar). Principalmente se a obra tem uma componente sentimental ou emocional muito abundante ou forte, recomenda-se que opte pelo show para que o leitor sinta na própria pele as emoções que o autor transpôs para as palavras. 

Outro aspecto que também identifiquei ao longo da leitura foi o despejo de informação que também tem um nome técnico: infodump. Algumas coisas, alguns temas abordados, foram efectivamente interessantes, no entanto, na sua maioria foram demasiados os temas, demasiadas as curiosidades. Lamento dizê-lo, mas por segundos pensei que estava a ler um artigo da Wikipédia. 

A escrita da autora, apesar de impecável a nível ortográfico, é demasiado descritiva e floreada, monótona. O que juntamente com os aspectos referidos acima, cansa o leitor. Obviamente que não cansará todos os leitores porque há pessoas que gostam e se identificam com este tipo de escrita/leitura. 

Outra coisa que não me caiu nada bem foi ver expressões em diálogo como  ''ehehehehe' e 'hihihihi'... Nunca tinha visto isto num livro e não gostei. Achei estranho. E também o facto de a autora usar demasiadas aspas nas expressões. Não me considero um génio, mas conseguia entender as situações apresentadas mesmo que elas não estivessem assinaladas pelas aspas. É que o uso desenfreado de pontuação também acaba por 'sujar' o texto. 

Quanto ao desfecho final do livro e última parte em si continuo sem perceber o que aconteceu e que final foi aquele.

Tenho visto opiniões e criticas literárias a obras de autores estrangeiros bastante conceituados onde opinadores e críticos sugerem ou outras vezes fazem referência sobre o trabalho de campo que antecede a edição de uma obra e respectiva publicação. E é aqui, em jeito de desfecho, que deixo a minha dica aos jovens autores e escritores. 

Os que pensam publicar: peçam opiniões, façam perguntas, informem-se. Mas não o façam ao melhor amigo, nem à tia ou à avó, porque esses dificilmente vos vão dizer o que está mal, onde falharam e o que precisam urgentemente de mudar. Tentem alguém fora do vosso circulo de amigos e conhecidos e vão ver que as opiniões serão mais verdadeiras. Existem os chamados leitores beta que podem ser óptimas ferramentas na evolução dos vossos escritos. 

Os que já publicaram: A família gostou? Maravilhoso. Os amigos compraram todos e acham um máximo? Bestial! Mas não chega. Enviem a vossa obra para os blogs literários, existem milhares na blogosfera para todos os gostos e feitios. Não querem dar exemplares físicos, tudo bem. Mandem o ebook, tenho visto imensos/as bloggrs a aceitar este tipo de desafio e pelo menos de uma coisa têm certeza: vão receber opiniões imparciais à vossa obra que vos pode ajudar a evoluir na carreira e a perceber efectivamente onde falharam ou onde não falharam de todo.

Boas leituras, 




Face Negra - Elizabete Cruz - Opinião


Edição/reimpressão: 2013
Páginas: 360
Editor: - -
ISBN 9789899848306

'' Esta podia ser a história de uma menina amorosa e inocente marcada pelo passado. Mas não, esta é a história de Daniela, a rapariga que sobreviveu a esse passado e se tornou naquilo que nunca pensaria ser, não olhando a meios para atingir os fins. Para tal conta com a ajuda do seu bizarro melhor amigo, que daria tudo para dormir com ela, e que é bem mais do que aparenta ser. E ainda tem Dyre, o seu primeiro amor e actual namorado, que definitivamente não a conhece.Ela julgava-se forte, perspicaz e dona do seu destino. Mas o destino provar-lhe-á que estava errada. Alguém com tantos segredos, artimanhas, rancor e maldade dentro de si não poderá ter um final feliz. E o reaparecimento de um fantasma do seu passado levá-la-á a fazer algo extremo e irremediável, fazendo-a perceber que os fins nem sempre justificam os meios.
Conheçam Daniela, a jovem e inocente estudante de Medicina, que encerra em si uma terrível face negra.
“Um dia vais acordar, e não vais ter nada além de arrependimentos.”

Opinião:

Este é já o segundo livro que leio da autora Elizabete Cruz, que esteve à bem pouco tempo aqui no blog à conversa. 
Não sei se estou numa maré de azar, com o espírito critico no seu expoente máximo ou se anda por aí um vírus malvado, mas a verdade é que as minhas leituras dos últimos tempos me custaram imenso a ler.

Face Negra é uma obra que chega ao mercado português na vertente de auto publicação. O tema está interessante, a história de Daniela, uma jovem portuguesa que dá o livtro para conseguir vencer na vida. No entanto, os meios por ela utilizados nem sempre são os mais correctos e Daniela chega mesmo a roçar a loucura em prol da sua ganância sem olhar a quem ou a como. 

Positivamente falando, gostei muito da capa. É diferente de tudo aquilo que estou habituada a ver circular pelas livrarias e hipermercados. Além disso consegue captar com exactidão a essência da obra e a alma da personagem principal. Um grande cumprimento à Raquel Leite, autora desta ilustração belíssima. Parabéns. 

Gostei da forte ligação que tinha para com a sua pequena irmã Margarida. 

Adorei a personagem Marco. Para mim esteve muito completa em todos os aspectos.

Num nível negativo, a técnica de escrita que a autora optou por escolher cansou-me imenso. A descrição excessiva, o tell, a bipolaridade de Daniela, o romance demasiado rápido e quase insistente com Dyre, a inconsciência e loucura dela que ficou por 'castigar' e que me pareceu demasiado irreal. Os diálogos, que a meu ver mereciam ter sido mais explorados. 

Das duas obras que li da autora, confesso que gostei muito mais da anterior.  Já ouvi falar que este livro tem uma continuação. Vou ficar à espera para ver se neste segundo as lacunas que foram cometidas no primeiro assim como os exageros serão corrigidos. 

Boas leituras, 



terça-feira, 22 de outubro de 2013

Café com livros e uma pitada de: Soraia Pereira [entrevista]


Soraia Pereira, jovem autora vimaranense do livro 'Ligação' (Anjos Negros #1), aceitou partilhar umas confidências com o Blog Café com Livros 21... aqui fica a sua entrevista com um cheirinho a café...

***


Soraia, o que nos podes dizer sobre ti?

Sou do norte, Minhota, cidade berço (nunca me canso de fazer publicidade à minha linda cidade). Tenho 26 anos. Adoro ler, escrever, estar com os meus amigos, família. Os meus patudinhos. Uma pessoa igual a tantas outras.


Como ou quando reparaste que gostavas de escrever ou que a escrita fazia sentido para ti?

Bom, comigo aconteceu assim de repente. Estava literalmente a morrer de tédio quando me deu para abrir uma folha de word em branco e começar a debitar algumas ideias que começaram a surgir na minha cabeça. Sinceramente acho que isto da escrita apareceu mesmo por divertimento, for fun. De e para mim. Uma brincadeira para matar o tempo.


 
Quais os teus géneros literários favoritos?

Essencialmente fantasia urbana, fantástico e romance paranormal. Mas se a história for boa e o livro cativante, consigo ler em todos os géneros. 

Costumas inspirar-te em quê, quando escreves?

Em tudo e mais alguma coisa. Desde que me diga algo, que em transmita alguma emoção, algum sentimento, pode servir de inspiração.

Algum escritor/a ou autor/a que identifiques como ídolo?

Sherrilyn Kenyon e J.R.Ward sem sombra de dúvidas.
 
 


Porquê a Pastelaria Studios Editora?

Única e exclusivamente por uma questão de preço. Na altura foi a prestadora de serviços com o orçamento mais baixo.
 
 

Tencionas publicar mais algum livro? Tens ou estás envolvida em mais algum projecto de escrita? Podes adiantar alguma coisa?

A verdade é que a conjuntura económica não dá asas para muito neste momento. No entanto como escrever ainda é de borla sim, tenho alguns projectos em mãos em processo de construção:

O segredo da cidade – um romance 100% português que tem a cidade de Guimarães como palco.

Vida por Vida – um romance também ele 100% português que é também uma homenagem aos bombeiros portugueses.

Amar o ódio – Este romance já passou a fase de escrita e encontra-se agora nas mãos dos meus leitores betas para detectar falhas e fazer algumas melhorias. Possivelmente a nível de publicações, este romance será o próximo. 


E agora um pequeno desafio. Responde a primeira coisa que te vier à cabeça e não faças batota:

Se fosses um livro, qual serias? Acheron

Uma cor? Preto

Um animal? Gato

Um fruto? Nectarina

Filme preferido? O gangster americano

Música Preferida? When I'm Gone - 3 Doors Down

 
Deixa uma mensagem aos teus fãs e futuros leitores.
Meus amores e minhas amoras, aos que já conhecem o meu trabalho, muito obrigada pelo apoio, mensagens de carinho, feedbacks… etc etc etc. É muito importante para nós, autores, escritores, recebermos as vossas opiniões. Aos que ainda não conhecem podem sempre fazê-lo a qualquer momento, a vida é feita de experiências, certo? Porque não incluir numa delas a leitura de um livro, do meu livro? 


Onde te podemos encontrar? E ao teu livro?

Podem seguir o meu trabalho através do meu Blog.
 

Da minha página do Facebook e também pelo Goodreads .

O meu livro está à venda no meu blog, basta mandarem um email com o pedido ou mp através do Facebook (O livro vai autografado e ainda 3 ofertas para o leitor e portes grátis). Está também à venda na Wook.pt e na Bertrand online e no site da Pastelaria Studios.

 

quarta-feira, 16 de outubro de 2013

Na Sombra do Destino - J.R. Ward - Opinião

Irmandade Adaga Negra VIII
Edição/reimpressão: 2013
Páginas: 722
Editor: Casa das Letras
ISBN: 9789724621425

"Os romances da Irmandade da Adaga Negra, de J. R. Ward, apresentaram aos leitores um mundo diferente, criativo, obscuro, violento e completamente incrível. Enquanto os guerreiros vampiros defendem a raça dos seus assassinos, a lealdade de um macho para com a Irmandade será posta à prova - e a sua perigosa natureza será revelada.

John Matthew percorreu um longo caminho desde que o encontraram a viver com os humanos, desconhecendo, por completo, a sua natureza vampírica. Quando foi resgatado pela Irmandade, ninguém podia imaginar qual era a sua história ou a sua verdadeira identidade. Na realidade, Darius, o Irmão caído, retornou, mas com um rosto diferente e um destino completamente marcado. Quando uma violenta vingança pessoal arrasta John até ao coração da guerra, ele terá de contar não só consigo próprio mas também com quem ele foi antes. Só assim poderá enfrentar e erradicar o mal encarnado.

Xhex, uma assassina symphath, há muito que lutava contra a atração que sentia por John Matthew. Já tendo perdido um amante para a loucura, ela não permitirá que nenhum outro homem que ame fique preso na escuridão da sua vida perversa. Contudo, ambos descobrem que o amor, tal como o destino, é inevitável para as almas gémeas."

Opinião:

Jonh terminou a transição e venceu. É um macho corpulento no auge da idade mas com uma sabedoria secular que o fazer ver as coisas normais do dia a dia com outros olhos. O seu eterno grande amor é Xhex, uma mestiça Sympath que não precisa de um macho para a defender porque enquanto ele está pensar na estratégia ela já está avançar para a linha da frente munida de armas e presas, pronta a derrubar tudo e todos para proteger os seus.

Novamente de volta ao mundo maravilhoso da Irmandade, desta vez com a luz brilhante dos holofotes fixados em Xhex e Jonh Matthew e que maravilhosa história.'Na Sombra do Destino' leva-nos mais profundamente aos segredos da Sociedade Minguante agora sob o comando de Lash, filho do Ómega. Conhecemos um outro lado do inimigo, dos seus planos e invenções para levarem a melhor.

Adorei ver o avanço da relação de John e Xhex. A busca incansável dele por ela, o seu desespero, a sua fé, a empatia que ele sentia mesmo sem saber que ela estava presente. A vulnerabilidade da mestiça Sympath e o seu medo de amar.

O amor ignorado entre Qhuin e Blay e a apresentação/ introdução do primo de Qhuin na história transformou uma relação que não é (ainda) relação num verdadeiro triangulo amoroso. Aqueles dois quase me provocaram um ataque cardíaco.

Uma coisa que me apercebi é que este livro funciona, por assim dizer, como o anterior. É uma espécie de ponte, uma travessia na história da Irmandade da Adaga Negra. Desta vez, tal como o romance que antecede este, o romance não foi apenas e só focalizado e centralizado no casal alvo, ou casal principal. O worldbuild tem mais destaque e as personagens que interagem com as principais têm muito mais tempo de antena. Histórias paralelas vão-se desenrolando à medida que a história principal vai acontencendo.

Gostei muito deste livrinho. Achei-o carinhoso no seu jeito retorcido. Fantástico! 


Já tenho o próximo volume preparado para ser devorado ;) até lá,

Boas leituras
 
 

 

terça-feira, 15 de outubro de 2013

Café com livros e uma pitada de: Nasser Mendes [entrevista]


Nasser Mendes, jovem autor de Flareo Dracus, aceitou partilhar umas confidências com o Blog Café com Livros 21... aqui fica a sua entrevista com um cheirinho a café...
 
***
 
 
Nasser, o que nos podes dizer sobre ti?
 
Sinceramente, não muito. Acho que sou uma pessoa simples e transparente, portanto quando alguém me conhece (ou lê o meu livro), fica com uma ideia bastante assertiva de mim. Acho que o que me define mais é a minha capacidade de ter várias pessoas a quem posso chamar de amigos e irmãos. São os meus alicerces, por isso teria de os descrever para traçar o meu próprio perfil.
 
 
Como ou quando reparaste que gostavas de escrever ou que a escrita fazia sentido para ti? 
 
Talvez tenha sido com  primeira redação que fiz na primária, pouco depois de aprender a escrever. Era algo sobre o dia do pai e, não tendo um presente, entreguei-a ao meu tio. A cara que ele fez quando a leu deu-me vontade de escrever mais. Ver até que ponto conseguia chegar a pontos emocionais de outras pessoas com a minha escrita. Bom, na altura, com seis anos, não foi nem de perto tão eloquente como estou a escrever agora, mas foi essencialmente isso! 
 
 
Quais os teus géneros literários favoritos? 
 
Fantasia, fantasia e... fantasia. Gosto de ler, ponto final. Mas o género fantástico põe toda a minha cabeça a andar a mil à hora. 
 
 
Costumas inspirar-te em quê, quando escreves? 
 
Na minha vida, maioritariamente. Coisas que vejo no dia-a-dia, no meu estado de humor, no tempo... Mas principalmente nos meus amigos e nas aventuras que todos os dias passo com eles. 
  
Algum escritor/a ou autor/a que identifiques como ídolo?
 
Sinceramente, não.  Identifico-me com muitas personagens adoro muitos livros, mas não tenho nenhum especial afecto por nenhum autor, excepto talvez um dos meus melhores amigos, o Hugo. Adoro os poemas dele e cheguei a incluir um no início do meu livro. 
 
 
Porquê a Chiado Editora? 
 
Porque não? A Chiado é algo de inovador e fresco em muitos aspectos, nomeadamente, o facto de nos disponibilizar a nós, novos autores, uma oportunidade sem precedentes de sermos lançados e publicitados num mercado que está a perder um bocado de vida em gerações mais novas.  
 
 
Tencionas publicar mais algum livro? Tens ou estás envolvido em mais algum projecto de escrita? Podes adiantar alguma coisa?
 
Sim, posso definitivamente adiantar o meu próximo volume que, se tudo correr bem, estará pronto em breve. O 2o volume da saga é a continuação imediata do primeiro, até porque, na verdade, até há bem pouco tempo eram apenas um! Na altura de o publicarmos, acabámos por perceber que era demasiado grande (900 páginas) e decidi cortá-lo ao meio. Espero tê-lo feito no sítio certo! Mas está diferente em muitos aspectos. Com a inserção da escuridão eles são forçados a deixar de ser apenas adolescentes e a crescer a um nível emocional tremendo, de modo a controlar esse elemento. Minimamente, pelo menos... 
 
 
E agora um pequeno desafio. Responde a primeira coisa que te vier à cabeça e não faças batota: 
 
 
Se fosses um livro, qual serias? Génesis, o sexto volume d'As Crónicas de Idhún, Laura Gallego Garcia.
 
Uma cor? Laranja.
 
Um animal? Dragão.
 
Um fruto? Lichias
 
Filme preferido? Demasiados para enunciar (sou viciado). Amo de morte o "Suckerpunch" o filme que mais me fez rir foi "Loiras à força" e o que mais vezes vi em toda a minha vida foi "Elektra".
 
Música Preferida? Mais uma vez, já fui dançarino e adoro música. Todas as dos Florence and the Machine sem excepção e as que mais oiço agora são "Radioactive" dos Imagine Dragons e "Warm Water - Snakeships Remix" da Banks. 
 
 
Deixa uma mensagem aos teus fãs e futuros leitores. 
 
Imaginem. Todos temos essa capacidade e poucos lhes damos o devido valor. Imaginar é a arte de viver o presente e sonhar o futuro. É um abrigo ou um campo de batalha. É tudo e está vazio. É o que quiserem e o que precisarem. Podem ser tudo o que imaginarem. E se for forte o suficiente, tornar-se-á real. 
 

Onde te podemos encontrar? E ao teu livro? 


Podem-me encontrar no Facebook,  no Tumblr ou pelo E-mail. A Flareo Dracus (FD) também tem uma página no Facebook com posters.
Para comprar o livro podem fazê-lo online na wook, na bulhosa ou na fnac onde podem também encomendá-lo para a loja.
 
 

quarta-feira, 9 de outubro de 2013

Flareo Dracus, As Crónicas - Nasser Mendes - Opinião

 
Sinopse:

«E se eu te dissesse que os dragões existem? Que a luz e a escuridão travam uma guerra tão velha como o mundo em si, e que se mantém até aos dias de hoje? Ficarias surpreso? Eu fiquei.»

Nasser Mendes, um jovem com uma vida aparentemente comum, vê-se envolvido numa guerra milenar entre uma aliança secreta, formada pelas criaturas mais maravilhosas e poderosas do mundo, e um força maléfica que ameaça escravizar e destruir o mundo através da escuridão.

Junta-te à Flareo Dracus, ao seu recém-achado líder e aos seus companheiros e amigos, numa aventura surpreendente em que o perigo espreita ao virar da esquina, onde as criaturas dos sonhos e das histórias míticas são reais e a imaginação é a arma mais poderosa que qualquer herói pode ter. E tu, de que lados estás?
 
 
 
Opinião:
 
ATENÇÃO: A presente opinião não tem como finalidade ferir susceptibilidades nem ofender ninguém. Tal como indicado tudo o que for escrito neste blog é meramente um ponto de vista e vale o que vale.
 
Flareo Dracus relata uma história que envolve humanos e dragões onde o personagem principal de nome Nasser figura como principal em toda a narrativa. Um adolescente com 'poderes mágicos' que vive quase como que em dois mundos, o real e mundano, onde tem de ir para a escola, convive com amigos e família e aquele onde tem de executar missões e lidar com dragões e todo o misticismo que gira em torno dos mesmos.
 
A essência da história em si faz-me pensar imediatamente no filme ''Eragon'' que eu adorei e até aqui, fantástico. O pior é que é só mesmo até aqui porque toda a narrativa está... está... bom, nem sei por onde lhe pegar.
 
Vou começar pela capa, que é bastante leve mas ao mesmo tempo apelativa. Talvez devido à sua cor branca adornada com letras douradas num estilo floreado. Não gostei, no entanto, do tronco voltado.  São gostos, que se pode fazer?!
 
Outro ponto que também não me convenceu foi o facto de o autor, Nasser Mendes, ser ele mesmo o personagem principal, Nasser. E digo isto porquê? Porque durante a narrativa deparamo-nos, leitores, com expressões que NUNCA NA VIDA FICAM BEM NUM LIVRO mas que certamente fazem parte do quotidiano do autor!
 
''Mano'', ''Maninha'', ''Manão'', ''Primo'', ''Prima''... Não, nunca, jamais! É foleiro. São expressões coloquiais. Calão que se ouve a sair da boca dos miúdos nas entradas das escolas básicas. Se for uma forma carinhosa de tratar algum parente (irmão, primo) tudo bem, pode ser aplicado, fora isso NÃO. Não faz qualquer sentido do ponto de visto literário.
 
Outro aspeto é o autor referenciar TODOS os amigos e TODA a sua família. Eu compreendo a importância de homenagear os nossos, mas há forma de o fazer. Por exemplo, na parte do livro reservada à dedicatória ou então, se esta parte não chega para os agradecimentos e o autor tem necessidade de os incluir como personagens, maravilha, pode incluir na história toda a gente, mas de forma gradual e não de 'chapão'. Nas primeiras páginas do livro o leitor fica a conhecer toda a gente que nesta fase faz parte da vida do autor (da vida real) e isto não tem interesse do ponto de vista da narrativa, é 'secante', pelo menos da forma como está feita.
 
Os diálogos, devido à forma como foram escritos acabam por cair no ridículo, devido aos fatores mencionados em cima. As acções também acontecem sem qualquer tipo de timing, ora está em casa, ora está na escola, ora esta numa realidade paralela... não existe pontes de ligação entre as passagens. As acções são cortadas sem razão aparente e avançam sem qualquer tipo de freio.
 
A narrativa é feita na primeira pessoa, numa técnica de escrita essencialmente em tell que acaba por roubar a magia que se entende o autor ter tentado incutir. O worldbuild é praticamente nulo e desestruturado. Demasiado infodump ao longo de toda a história.

Resumindo: mais uma vez deparei-me com um tema interessante onde se o autor tivesse sido auxiliado da forma correta e por influências que compreendam de facto sobre estrutura, personagens, worldbuild teria certamente um belo livro que seria lido e elogiado por muitos leitores, assim sendo e para ser justa com outros autores e com outras obras, não posso dar mais do que 1* a esta obra.


Boas leituras,

 

terça-feira, 8 de outubro de 2013

Café com livros e uma pitada de: Vero Lua de Melo (Ana Pacheco) [entrevista]


Ana Pacheco, sob o pseudónimo de Vero Lua de Melo, jovem autora vimaranense do livro 'A melhor quinzena de um século de vida' recentemente editado pela Chiado Editora, aceitou partilhar umas confidências com o Blog Café com Livros 21... aqui fica a sua entrevista com um cheirinho a café...

***
Ana é uma jovem autora e como tal ainda anónima para a grande maioria dos leitores. O que nos podes dizer sobre si? 
 
Sou natural de Guimarães, tenho trinta e dois anos e sou fisioterapeuta. Escrever é algo que faço nos meus tempos livres, e quando a inspiração assim o permite. A família, as viagens, os livros e a escrita são, desde cedo, os pontos cardeais da minha vida.
 
 
Porquê Vero Lua de Melo? De onde surgiu o pseudónimo? 

“Vero” surgiu de um filme francês, em que a personagem se chamava Véronique e era carinhosamente tratada por “Véro”. Soava-me bem este nome numa mulher. Em português, pode pronunciar-se Vero, que é o nome do meu marido, e a quem quero, de certa forma, homenagear. Ele foi a única pessoa que acreditou, verdadeiramente, em mim – por vezes, mais até do que eu própria! Embora o livro tenha sido escrito por mim, isto é um projecto a dois: há o apoio nas horas más, o incentivo, a paciência… Tudo a dois, por um só sonho.
 
“Lua”, porque a essência e o sentido das minhas palavras é apenas um, embora as interpretações possam ser imensas. A Lua também se mostra de igual forma a todos, mas o que uns dizem ser um quarto minguante, outros insistem ser um quarto crescente.
 
“De Melo” é apenas para completar. Vero Lua de Melo soa-me bem na sua totalidade, de uma assentada só.


Como ou quando reparou que gostava de escrever ou que a escrita fazia sentido para si?

Esta paixão já vem desde tenra idade, mas não sei precisar, com exactidão, o momento em que tomei real consciência da sua importância na minha vida. Recordo-me de ser ainda muito nova quando ganhei um livro, com um poema, que escrevi para o passatempo que uma rádio local fazia ao fim-de-semana.

Quais os seus géneros literários favoritos? Gosto do género narrativo, particularmente do romance.

Costuma inspirar-se em quê, quando escreve?

Sou bastante observadora e boa ouvinte. Inspiro-me em tudo o que me rodeia e invento. Invento muito. A escrita é libertadora e permite-nos vaguear, sem limites, por imensas realidades, áreas e temáticas. Somos, apenas, co-autores das nossas vidas reais, mas num livro, tudo se desenrola segundo a vontade plena do autor. Há espaço para sonhar, criar e reinventar o mundo.
 


Algum escritor/a ou autor/a que identifique como ídolo?

Admiro Eça de Queirós. A leitura de “Os Maias” marcou a minha transição do patamar literário juvenil para os clássicos. É notável o talento de Eça para descrever realidades com detalhe aprimorado e sentido crítico. Era um homem muito atento à sociedade da sua época.

 
A única formação que fiz na área da escrita foi um workshop e a participação em algumas sessões da Fábrica de Escrita, com o escritor Pedro Chagas Freitas. Adorei. De algum modo, o Pedro marcou o meu percurso literário. Embora tenhamos estilos muito diferentes – eu sou mais dada a floreados -, cativa-me a sua escrita forte, directa e profundamente reflexiva. Percebo-lhe as vísceras da alma.

Porquê a Chiado Editora?

Vi uma reportagem televisiva sobre esta editora e gostei imenso. Cativou-me o facto de se preocuparem em proporcionar oportunidades a jovens autores. E estou muito feliz. Com o apoio da Chiado Editora abri, pela primeira vez, a janela da escrita da minha vida. 

Tenciona publicar mais algum livro? Tem ou está envolvida em mais algum projecto de escrita? Pode adiantar alguma coisa?

Gostava muito de dar continuidade à minha actividade no mundo da escrita. Já começaram a surgiram novas ideias, que vou burilando na mente. Espero, entretanto, começar a estruturar uma nova história, mas ainda não comecei a trabalhar, efectivamente, nesse projecto.

 

 



E agora um pequeno desafio. Responda a primeira coisa que lhe vier à cabeça e não vale fazer batota:

Se fosse um livro, qual seria? “Os Maias”, de Eça de Queirós. Uma obra-prima.

Uma cor? Branco.

Um animal? Gato.

Um fruto? Manga.

Filme preferido? “Mystic River”.

Música Preferida? Banda sonora do musical “O Fantasma da Ópera”.



Deixe uma mensagem aos seus fãs e futuros leitores.

Espero, sinceramente, que a leitura desta obra possa, de algum modo, inspirar a vossa busca pessoal e incentivar a conquista de sonhos desejados. Escrevi-o com muito carinho, na esperança de despertar o que de melhor existe em cada ser humano. Mais do que o meu romance de estreia, é uma homenagem a Portugal e a Guimarães, cidade que me viu nascer, berço da nação e raiz central de todos os portugueses.

Onde podemos encontrar o seu trabalho como autora?

Na minha página de autora, no Facebook, vou divulgando a obra e actividades, novidades ou eventos relacionados com este projecto. Entretanto, utilizarei também o Goodreads.

O livro está agora a entrar em distribuição. A obra já está fisicamente disponível na Livraria Les Enfants Terribles – Bar & Livraria do Cinema King. Online, no site da Chiado Editora, Wook e Fnac. Nesta última, pode já fazer-se a encomenda directamente ao balcão. Entretanto, espera-se que possa ficar fisicamente disponível noutras grandes superfícies (El Corte Inglesa, Sonae, Bertrand) e, talvez, até em algumas livrarias locais. Dado que a aquisição de exemplares físicos fica ao critério destas áreas comerciais, mesmo que não os encontrem, poderão sempre fazer a encomenda da obra nestes balcões.

sábado, 5 de outubro de 2013

Na Sombra da Vingança - J.R. Ward - Opinião


Irmandade da Adaga Negra #VII
Edição/reimpressão: 2012
Páginas: 804
Editor: Casa das Letras
ISBN: 9789724621029

"Os romances da Irmandade da Adaga Negra, de J. R. Ward, apresentaram aos leitores um mundo diferente, criativo, obscuro, violento e completamente incrível. Agora, enquanto os guerreiros vampiros defendem a raça dos seus assassinos, a lealdade de um macho para com a Irmandade será posta à prova - e o seu perigoso sangue impuro será revelado.
Caldwell, Nova Iorque, é, desde há muito, campo de batalha para vampiros e seus inimigos, a Sociedade dos Minguantes. É também o lugar onde Rehvenge demarcou o seu território como um barão da droga e proprietário de um infame clube noturno que fornece os ricos e bem armados. E é exatamente pela sua reputação sombria que ele é abordado para matar Wrath, o Rei Cego e líder da Irmandade.
Rehvenge sempre manteve distância da Irmandade, apesar de a sua irmã ser casada com um dos membros. Por ele ser um symphath, a sua identidade representa um segredo mortal, cuja revelação pode levá-lo a ser banido para uma colónia de sociopatas. E enquanto as conspirações dentro e fora da Irmandade ameaçam revelar a verdade sobre Rehvenge, ele volta-se para a única luz que ilumina o seu mundo de escuridão cada vez mais profunda - Ehlena, uma vampira que nunca conheceu a corrupção que o controla - a única coisa que existe entre ele e a destruição eterna." 

Opinião:

Rehvenge é proprietário de muitos bares em Caldwell e é também ele que controla as maiores transações de droga naquele espaço, lavagem de dinheiro, entre outros negócios menos claros que servem perfeitamente para manter os luxos com que ele e a família estão habituados. Consciência não tem e por isso não se sente afetado por viver de dinheiro sujo. Além disso, o famoso vampiro de moicano elegante possui segredos mais profundos e perigosos com que se preocupar do que propriamente a consciência pesado. Ser Symphath é pecado suficiente e é até ao momento a sua maior preocupação. Ou pelo menos era, até uma bela enfermeira ter entrado na sua vida.

Ehlena é simples e pura, uma fêmea civil que já viveu no luxo da sociedade da glymera mas que atualmente se desdobra em duas para conseguir pagar as contas e arcar com as despesas que a doença do seu pai acarreta. Ela é também enfermeira e é através da sua profissão que conhece o macho da sua vida. Infelizmente dita o destino que na vida de Ehlena, monotonia é coisa que se encontra definitivamente riscada da lista. 

É impossível não gostar desta série. Quando terminámos um livro pensamos: ok, desta vez ela não pode superar, o próximo livro vai falhar em algum aspecto... MAS não! Não, desenganem-se quem pensa assim. Cada volume que salta cá para fora é mais uma ressaca literária, mais um livro devorado com uma velocidade estonteante. É como se o livro tivesse cola, as mãos ficam agarradas às folhas e só desgrudam quando a última página é voltada.

Gostei muito do romance entre entres dois personagens principais mas gostei também de voltar a ver o desenrolar da 'vida' das personagens adjacentes, como o Wrath e a sua cegueira, o aparecimento de Payne no Outro Lado, o trio John, Qhuin e Blay... Até dos constantes twists relativos à sociedade Minguante agora com Lash no comando das operações.

Ward continua a surpreender os seus leitores ao construir história com narrativas tão completas e tão bem estruturadas como as que nos tem apresentado nesta saga da Irmandade da Adaga Negra.

Adorei, recomendo!

Boas leituras


sexta-feira, 4 de outubro de 2013

Café com livros e uma pitada de: Elizabete Cruz [entrevista]

 
A Elizabete Cruz, jovem autora minhota que conta já com algumas obras publicadas, entre elas 'Espelho Indesejado', 'O homem que amava demais' e o seu mais recente trabalho 'Face Negra' aceitou partilhar umas confidências com o Blog Café com Livros 21... aqui fica a sua entrevista com um cheirinho a café...
 
*** 


 
Elizabete, o que nos podes dizer sobre ti?

Tenho 21 anos e sou estudante de Radiologia. Moro em Viana do Castelo e no Porto, mas nasci na Suíça. Sou leitora compulsiva e escritora mais ou menos assídua. Gosto de música, de dança e de cinema. Tenho um blog literário, sou administradora num site dedicado à Eurovisão (que é outro dos meus grandes interesses) e faço parte de um grupo português que tem o intuito de informar sobre séries televisivas. Juntando isto à escrita e à faculdade e a tudo o que está inerente a ela, às vezes acredito que sou uma espécie de super - mulher (mas não, não sou).
 
 
Como ou quando reparaste que gostavas de escrever ou que a escrita fazia sentido para ti?
Quando era pequena adorava escrever no meu diário. Não que o meu dia-a-dia tivesse muito que contar, mas eu passava bastante tempo de volta dele. Tive-o até aos dezasseis anos, altura em que achei que já não fazia sentido ter um. Vários acontecimentos na minha adolescência levaram-me a querer escrever por forma a que os outros pudessem ler. Começaram por ser daqueles textos em que parece que o mundo vai acabar (vamos reter a ideia de que era adolescente, sim?) e como as pessoas iam gostando, eu ia escrevendo. Era, ao mesmo tempo, um refúgio e uma maneira de me elevar o ego. A partir daí comecei a escrever algo que seria meio biográfico, mas percebi a tempo que não estava ainda preparada para expor isso. Então comecei a escrever apenas para arrumar as personagens que me enchiam a cabeça e a partir daí cheguei ao ponto em que estou hoje.
Quais os teus géneros literários favoritos?
Durante muito tempo li apenas policiais. Mais recentemente tenho lido fantasia, mas o policial continua a ser o meu género predileto.
Costumas inspirar-te em quê, quando escreves?
A minha maior inspiração são as pessoas. Antes de eu criar uma personagem dou-lhe uma cara. Depois olho para a cara e vejo o que essa pessoa parece ser capaz de fazer. Moldo a história a partir daí. O facto de ver muitas séries e ouvir muita música também ajuda, já que por vezes estou a ouvir a música e a imaginar uma cena ou então estou a ver algo na série e a pensar “isto ficaria bem no livro”. Isto provavelmente retira-me algum mérito, porque sou meio copiona, mas acho que o meu talento está em encaixar estes acontecimentos por forma a fazer com que as coisas tenham sentido.
Algum escritor/a ou autor/a que identifiques como ídolo?
Como apreciadora de policiais, os meus autores favoritos tinham que fazer parte desta categoria. Posso nomear a Agatha Christie, que é uma autora que eu realmente admiro e quase a poderia chamar de ídolo. Para além dela, tenho a Tess Gerritsen e o Stieg Larsson bem no topo da minha lista. Em todo o caso, nenhum dos três é um autor que se adeque ao tipo de livros que eu escrevo e eu sei que nunca seria capaz de escrever livros do género policial como eles.
 
 
 
Tencionas publicar mais algum livro? Tens ou estás envolvida em mais algum projecto de escrita? Podes adiantar alguma coisa?
Sim, não tenciono parar. Admito que só muito recentemente é que me apercebi que tinha fãs que aguardavam que eu publicasse alguma coisa, por isso sei que tenho motivos para continuar. Vou escrever a sequela do “Face Negra”, que deverá sair em 2014, e entretanto estou a escrever uma quadrologia cujo primeiro volume deverá estar pronto até Dezembro. Este primeiro volume terá algumas surpresas que mais tarde revelarei. Estes são dois projectos completamente diferentes, já que a sequela do “Face Negra” vai continuar a história do Marco e da Daniela no ponto em que terminou e irá roçar sobretudo o drama, enquanto a quadrologia se enquadra no género fantástico e é algo que eu nunca experimentei.
 
 
E agora um pequeno desafio. Responde a primeira coisa que te vier à cabeça e não faças batota:
Se fosses um livro, qual serias? Os Filhos da Droga, de Christiane F.
Uma cor? Laranja
Um animal? Cão
Um fruto? Banana
Filme preferido? Saga Harry Potter
Música Preferida? My Immortal, dos Evanescence


Deixa uma mensagem aos teus fãs e futuros leitores.
Antes de mais, quero agradecer por esta entrevista. É um prazer poder responder a estas perguntas e perceber que alguém se interessa pelo trabalho dos jovens autores portugueses. Aos meus fãs, quero agradecer todo o apoio que me têm dado. Sou ainda muito nova, tenho um longo caminho a percorrer e sei que esse caminho seria muito mais difícil se eles não existissem. Aos que já estão comigo, espero que continuemos juntos por muito tempo. Aos que ainda vão chegar, espero realmente que possam apreciar o que eu escrevo.
 
Onde te podemos encontrar? E aos teus livros?
Como não sou nenhuma eremita, podem facilmente encontrar-me no Facebook, através da minha página de autora ou mesmo através do perfil pessoal. Se me tiverem adicionada, não tenham qualquer problema em abrir a janela e dizer “olá”. Também me podem encontrar no meu blog, o “A WonderfulWorld” e no Goodreads. Em relação aos livros, infelizmente o “Espelho Indesejado” já não se encontra à venda (tão nova e já com edições limitadas!). Podem adquirir o “O Homem Que Amava Demais” e o “Face Negra” através do meu blog, sendo que o primeiro livro também pode ser comprado através do site da editora.