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segunda-feira, 23 de setembro de 2013

Soberba Tentação - Andreia Ferreira - Opinião


Trilogia Soberbas #2
Edição/reimpressão: 2012
Páginas: 300
Editor: Alfarroba
ISBN: 9789898455413

"Depois de descobrir que o sobrenatural não representa um medo irracional e que as criaturas caminham lado a lado com os humanos, a Carla tem de enfrentar as consequências do seu envolvimento com o Caael.

Os demónios já deixaram marcas na vida da Ana e da Raquel e a Carla começa a sentir algumas dificuldades em encontrar-se. Entre lacunas na memória, sentimentos e novas preocupações, surge uma existência virada do avesso com a linha da vida mais ténue do que nunca.

Com a ausência do Caael, assomam revelações que levantam um plano ancestral de uma disputa entre iguais. A Carla vê-se num tabuleiro de xadrez, como um rei isolado, com a rainha a jogar contra ela."
 
 
Opinião:
 
Uma vez que comprei estes livros aproveitando a promoção da Feira do Livro de Lisboa, sabia que assim terminasse de ler o primeiro volume teria de ler o segundo quase de seguida. Bom, não foi bem de seguida porque entretanto outros livros se meteram na fila como que penetras disfarçados.
 
O que tenho eu a dizer sobre esta coisinha com folhas e capa tão linda? Em primeiro de tudo e mais uma vez as minhas felicitações à autora e editora pelo bom gosto no que à ilustração da capa diz respeito. Acho as capas lindíssimas.
 
Quanto à história e à continuação da trilogia em si. Confesso que as espectativas estavam muito lá em cima. Depois de ter lido o primeiro e de ter andado a dar uma vista de olhos nos blogs alheios, deparei-me com tremendos elogias a este segundo livro. Infelizmente para mim não notei nenhum melhoria, quero dizer, a Andreia continua com uma escrita impecável mas o contexto da história e a profundidade dos personagens principais continua no mesmo ponto, ou seja, na casa partida.
 
A personagem da Carla continua um pouco sem sal e sem aquele calor agradável que gosto de encontrar numa personagem jovem como ela. E o Caael acaba por desaparecer de cena sem causa aparente.
 
No entanto a história melhora com a entrada em cena de Ricardo que apesar de ser um vampiro acaba por se transformar no Anjo da Guarda de Carla e começa aqui o inicio promissor (espero com todo o meu ser que sim) de uma paixão ardente que vai recambiar o Caael para um sítio longinco.
 
Neste ponto de situação, onde Carla se envolve parcialmente com Ricardo, ou se deixa envolver pelo seu lado bad boy, eu consegui encontrar a tal empatia que mencionei na opinião que fiz acerca do primeiro volume desta trilogia.
 
Existe química entre os personagens e existiu química entre mim e eles. E o mesmo acontece sempre que a minha personagem preferida entra em cena. A Ana Rita é daquelas personagens efeito furacão. Por onde passa se não destrói completamente pelo menos deixa marcas. E a mim marcou-me imenso.
 
Mais uma vez os finais parecem ser a especialidade da autora bracarense que não podia deixar por menos. Fiquei com uma pulga do tamanho de um elefante atrás da orelha e sem dúvida que quero ver quais os finais que ela engendrou para estas personagens.  
 
Boas leituras,
 
 
 

terça-feira, 13 de agosto de 2013

Soberba escuridão - Andreia Ferreira - Opinião


Trilogia Soberbas #1
Edição/reimpressão: 2011
Páginas: 256
Editor: Alfarroba
ISBN: 9789898455147

"Quando o relógio pisca as doze horas intermitentes, Carla recebe no seu quarto uma visita indesejada. A partir daí, todo o seu mundo desmorona e a solidão e o medo encarregam-se de a arrastar para um estado deprimente que só um desconhecido parece compreender.
Cega de paixão, nega as evidências de que o seu novo amor é mais do que um rosto angelical. Ele esconde segredos que a levarão para perigos que parecem emergir das profundezas do inferno."
Opinião:
Andreia Ferreira é de Braga e estreou-se com este seu primeiro romance através da Alfarroba. Este primeiro livro é o inicio de uma trilogia e que tem como palco a cidade minhota de Braga ou como também é conhecida, a cidade dos Arcebispos.
Pois bem, Soberba Escuridão conta a história de Carla, uma simples rapariga bracarense que vive numa casa antiga, ainda que em bom estado, com os pais e o irmão e que volta e meia tem a ligeira sensação de que está a ser observada ainda que na sua ideia esteja sozinha.
Carla tem dezassete anos e frequenta o ensino secundário e é entre a vida escolar e a vida famíliar que ela conhece Caael. Um rapaz atraente que a deixa completamente desnorteada apenas com a sua presença, no entanto este rapaz atraente e misterioso que aparece na sua vida quase por artes mágicas não é tão inocente como o seu semblante aparenta.
A capa deste livro está muito interessante e é muito diferente daquilo que habitualmente vemos nas estantes e nos expositores livreiros. Parabéns à autora e ao ilustrador/a pelo design da capa. Relativamente à história deste Soberba?
Bom, devo dizer que estranhei um pouco o tipo de escrita que a autora usa uma vez que a história retrata adolescentes e situações do quotidiano de famílias normais. Passo a explicar melhor o meu ponto de vista para que não haja más interpretações: não é que a autora escreva mal, porque não escreve. Tem até uma escrita bastante cuidada, limpa, e muito rica. E penso que o problema é exatamente este. O tipo de escrita e os seus recursos não combinam com uma história YA como esta. Vejo a escrita desta jovem autora, por exemplo, num bonito romance ao estilo de Nicholas Sparks ou um romance da época, por exemplo. Algo que pelo esqueleto da história peça, ou melhor, exija, este tipo de escrita.
A personagem principal Carla, confesso que também não encaixou muito bem. É uma personagem fria e distante. Durante a leitura tive a impressão de que a mesma andava perdida algures entre a narrativa sem saber ao certo em que parte da moeda se havia de encaixar.
Caael também me deixou um pouco com o pé atrás. Esperava ver mais dele. A fazer qualquer coisa realmente malévola. E no entanto ele limita-se a mimar a Carla e a mantê-la debaixo de olho.
Fez-me um pouco de confusão ver a autora a usar tantas vezes o nome Ana Rita mas consegui perceber o seu ponto de vista. (Quem é que na escola nunca teve uma turma em que houvesse pelo menos umas três Anas e uns quantos Josés? )
De todas as personagens presentes na história houveram duas que realmente brilharam aos meus olhos: a melhor amiga da Carla, a Ana Rita Rocha e o Ricardo, personagem que aparece com mais destaque quase no final deste primeiro volume. Nestes dois personagens consegui ver neles exatamente aquilo que procuro nas personagens de um livro. Foram autênticos. Tiveram personalidade. São personagens credíveis e muito bem conseguidas. Os diálogos estiveram muito bem e quando li passagens em  que eles estraram senti uma empatia enorme e vontade de devorar as páginas umas atrás das outras.
Outro ponto favorável à autora nortenha é o final deste primeiro volume. Parabéns, Andreia Ferreira, sabes como deixar o leitor preso à história e ficar a contar os dias até ler o próximo volume.
Uma experiência interessante no panorama dos novos autores portugueses.
Boas leituras,